No último ano, a geração distribuída de energia (GD) apresentou um crescimento de 137%, de acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
Essa alternativa energética tem ganhado destaque, tanto no segmento de pessoas jurídicas como físicas, graças às diversas vantagens, principalmente no bolso do consumidor.
Atualmente, o estado de Minas Gerais é o que mais concentra unidades de geração distribuída, com cerca de 50 mil. Além disso, hoje, as fontes fotovoltaicas têm a maior representatividade, gerando, aproximadamente, 3 milhões de kW.
Você ficou curioso para saber mais sobre a geração distribuída de energia, não é verdade? Então, continue a leitura deste artigo e conheça as categorias existentes e seus benefícios!
AFINAL, O QUE É A GERAÇÃO DISTRIBUÍDA DE ENERGIA?
Regulamentada pelo Decreto 5.163 de 2004, no Artigo 14º, a geração distribuída de energia é um modelo de produção energética que fornece eletricidade aos consumidores de forma descentralizada. Essa modalidade está principalmente relacionada ao uso de fontes renováveis, como a energia eólica (EOL), hídrica (CGH), Biogás (CGB) e solar ou fotovoltaica (UFV).
PARTICULARIDADES
No modelo convencional de contratação de energia elétrica, o usuário depende exclusivamente da produção da concessionária. Assim, ele fica sujeito às variações de tarifação e pode ficar sem luz, caso ocorra uma queda. Na geração de energia distribuída o usuário mantém o seu vínculo com a concessionária de energia, mas ele também se torna um produtor, alimentando a rede.
Dependendo do tipo de instalação que o usuário opte fazer, ele tem um ganho interessante que é a capacidade de não ficar sem eletricidade. No modelo de energia fotovoltaica, por exemplo, existe uma categoria de instalação em que placas são acopladas ao telhado do imóvel e o calor solar é transformado em energia elétrica utilizando um gerador. Assim, além de alimentar a rede da concessionária, quando ocorre uma queda o seu próprio gerador é ativado.
QUAIS SÃO AS CATEGORIAS DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA?
Com certeza, você está ficando ainda mais interessado no assunto, não é verdade? Bem, você precisa saber que a geração distribuída de energia é composta por categorias. Segundo disposto pela Resolução Normativa N°687/2015 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), essas modalidades são: geração distribuída junto à carga, condomínio com GD, autoconsumo remoto e geração compartilhada. Abaixo, confira mais detalhes sobre cada uma.
GD JUNTO À CARGA
Nessa categoria, a energia é gerada no mesmo local da unidade consumidora. A eletricidade produzida é compensada na conta de luz, como créditos. Geralmente, esse modelo tem um gerador que retem energia de backup, ou seja, energia para ser usada caso a rede da concessionária sofra uma queda.
Esse modelo é regulamentado desde 2012 e pode ser obtido em duas formas: a microgeração ou a minigeração de energia. A diferença entre elas é a potência máxima alcançada. Na microgeração o valor é de até 75 kW e os sistemas fotovoltaicos são os mais utilizados, enquanto na minigeração a potência pode chegar a 5 mW (megawatt).
CONDOMÍNIO COM GD
Esse modelo foi regulamentado em 2015 e se configura na utilização de energia elétrica de forma independente. Aqui, a energia pode ser produzida por microgeração ou minigeração, mas a responsabilidade da administração é do condomínio ou do proprietário do empreendimento. É essencial que as unidades consumidoras estejam localizadas na mesma propriedade ou em propriedades que estejam uma ao lado da outra.
AUTOCONSUMO REMOTO
O autoconsumo remoto é uma categoria extremamente interessante para as empresas com alta distribuição geográfica.As pessoas jurídicas com matriz e filiais podem se beneficiar muito nesse modelo. As unidades consumidoras precisam estar no mesmo CNPJ raiz. Um exemplo dessa aplicação foi o investimento da empresa Localiza, mais conhecida pela locação de carros, em fazendas solares para gerar energia e reduzir a conta de seus 600 pontos de operação.
Essa categoria de geração distribuída de energia também pode ser usada por pessoas físicas. Isso pode acontecer quando ela produz energia por meio da micro ou minigeração, mas em local distinto de onde estão as unidades consumidoras, desde que estejam dentro da mesma área de concessão.
GERAÇÃO COMPARTILHADA
É caracterizada pela união de consumidores no modelo de cooperativa ou consórcio, sob o nome de uma mesma pessoa física ou jurídica. A produção de energia também pode ser pela microgeração ou minigeração, desde que esteja em local distinto aos das unidades consumidoras.
COMO FUNCIONA A RECOMPENSAÇÃO ENERGÉTICA?
O sistema de recompensação energética é o formato de consumo da geração distribuída de energia e acontece da seguinte forma: a unidade geradora produz energia, essa, por sua vez, passa por um transformador e cai na rede da concessionária, como se fosse um empréstimo. Ao final do mês, a quantidade de kW produzida entra na conta do usuário em formato de crédito. Caso o valor produzido supere o que foi consumido, o crédito fica disponível para uso por até 60 dias.
VOCÊ SABE O QUE É O PROGRAMA PROGD?
É um programa de incentivo ao uso de geração distribuída de energia desenvolvido pelo Governo Federal. O Programa de Desenvolvimento de Geração Distribuída de Energia Elétrica foi criado em 2015 e foca no estímulo a produção de energia renovável feita pelos próprios consumidores, enfatizando a fotovoltaica devido à capacidade produtiva graças à intensidade de incidência solar em território brasileiro.
QUAIS SÃO AS VANTAGENS DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA?
Com certeza, você já pode ver diversos benefícios que a geração distribuída de energia pode proporcionar, não é verdade? Ela é interessante para todos os públicos, mas as pessoas jurídicas têm destaque, pois, a produção de energia limpa fortalece o poder da marca no mercado.
Afinal, vivemos uma época em que desenvolvimento sustentável é uma das qualidades que os clientes mais valorizam no momento de decisão de compra. Abaixo, confira outras de suas vantagens:
- redução de custos com energia;
- uso de energia 100% renovável;
- redução de CO₂, contribuindo para que o Brasil atinja a meta da Agenda 2030;
- geração de empregos, afinal os fornecedores precisarão contratar mão de obra para implementar e monitorar as unidades geradoras;
- isenção de ICMS para modalidade de geração compartilhada no estado de Minas Gerais.
Agora que você conhece mais sobre a geração de energia distribuída, percebeu que é uma ótima oportunidade para economizar ao longo prazo, correto? Inclusive, a implementação de energia solar pode acarretar uma redução de custo mensal de até 80% no valor da sua conta.
Se você quer saber mais sobre como a geração distribuída de energia pode ajudar o seu negócio a crescer, entre em contato conosco! Juntos, caminharemos para o desenvolvimento estratégico sustentável da sua marca!
